Estamos verificando, mais um efeito do período de pandemia, dessa vez voltado as grandes empresas de tecnologia, as “Big Techs”.
Naquele período (pandemia) essas companhias consolidaram os seus crescimentos, o que já ocorria de forma não tão acentuada, alguns anos antes.
Esse crescimento suportado na forte demanda pelos seus serviços tendo em vista o isolamento e reclusão social resultando em forte impacto por compras “on line” de todos os gêneros, as entregas a domicílio, o trabalho home office, as consultas médicas e financeiras, entre outras, tudo pela internet, fizeram crescer demasiadamente a demanda pelos serviços dessas empresas, de forma que as mesmas investissem em infraestrutura, mão de obra e qualificação.
Porém, os tempos estão mudando e trazendo uma nova realidade ao setor. O isolamento ou reclusão social já não existe com o ímpeto de anos atras, as pessoas estão circulando, estamos em período de elevação das taxas de juros o que encarece os investimentos, vivenciamos também forte tendencia de desaceleração na economia mundial, indicando possível recessão, o que já apresenta índices de queda no consumo de serviços disponibilizados por essas empresas.
Com esse cenário, a busca pela digitalização em massa, pela alta procura de ferramentas e soluções tecnológicas tende a reduzir, porém boa parte dos investimentos para suprir aquela demanda tecnológica estimada na pandemia já foi realizada. Assim, o que se apresenta atualmente no setor de tecnóloga, é a redução de investimentos futuros pelo custo dos recursos, é a administração de investimentos já realizados considerando a queda da demanda projetada, e a própria redução pela procura de produtos e serviços até então tradicionais do setor.
Estima-se que as grandes empresas do setor – Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Tesla, Meta e Netflix – perderam juntas, em valor de mercado no ano de 2022, algo na casa de US$ 4,62 trilhões.
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